quinta-feira, 21 de maio de 2009

SEU DONATIVO VALE R$ 1,00

Cada vez mais se torna difícil o homem ser solidário a uma causa. Lembra da dúvida da postagem anterior? Dar ou não dinheiro a uma criança na rua? Pois é, agora realmente está muito complicado! Nem doações as pessoas respeitam mais!
Em dezembro do ano passado, alguns voluntários e soldados foram descobertos “pegando”, ou melhor, roubando donativos que haviam sido doados por todo Brasil para os flagelados da enchente de Santa Catarina. As autoridades locais e o Ministério Público, na época, informaram que providências iriam ser tomadas, e os 13 militares flagrados, cometendo crime ao patrimônio público, responderiam a inquérito.
Pesquisei na Internet sobre o andamento desse inquérito e não consegui identificar o resultado; apenas que duraria 20 dias, mas até agora... E essas atitudes deixam brechas e oportunidades para que aconteçam novamente...
Passados seis meses desse episódio grotesco, na cidade de Ilhota, capital catarinense, uma nova cena conseguiu me deixar mais estarrecida ainda...
Na terça feira, dia 19 de maio, o empresário Ismael Ratzkob foi preso por vender os donativos que haviam sido oferecidos às famílias carentes, que perderam seus pertences nas enchentes, que alagaram cidades do estado. Quer dizer, ele roubou aproximadamente 400 mil peças de roupas e mais mantimentos e colchões.
O pilantra do empresário dos brechós (pelo menos três pontos foram fechados pela polícia), revendia esses donativos pela bagatela de R$ 1,00 na cidade catarinense Rio Negrinho.
Ismael informou aos veículos de comunicação que essas “mercadorias” foram doadas pelo prefeito de Ilhota, pois eram sobras de donativos e as prefeituras não tinham onde guardar.
Mediante esse “desabafo” das prefeituras, ele fez o sacrifício e aceitou o refugo das roupas, mantimentos e colchões!
Ora, uma doação para a administração pública passa automaticamente a ser um bem público e para ser repassada, ou seja, doada para quem quer que seja, é necessário que haja uma ação licitatória, ainda mais em quantidade elevada.
Quando alguém se apropria dos bens públicos não está somente cometendo um crime, e sim, rotulando o doador como idiota, e deixando dúvidas do que realmente acontece com as campanhas de doações.
Partindo desse pressuposto, entendo o porquê da espetacularização da mídia em cima de um trabalhador ou desempregado, quando encontra uma mala cheia de dinheiro e a devolve!
Isso é uma vergonha!

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